sexta-feira, 8 de junho de 2012





Se teus ponteiros pararam sem porquê,
E aquele que arrumou a mala saiu na pressa
Me diz mais que depressa: como negar a rejeição?


Se ao se conhecerem os desvarios se formaram
E os sonhos romperam os laços, incendiaram os abraços
Me diz sem entrelaços: como esquecer que se perdeu?


Se vocês, entre os lençois que os aconchegavam
Decidiram caminhar sozinhos, pé por pé entre desafios
Me diz: por que mudar o rumo agora?


Se na bagunça dos teus vestidos, encontraste ternos puídos
juntos, mas sem corpos e rasgados por um punhal
Remendados pelo teu infeliz querer
Trocando sangue venoso por arterial
Me conta: para que sofrer de causa sem cura?


Sim, acho que teu esquecimento é longinquo 
Que você se doa demais e se prende a dor
Que pensa na loucura da morte e não repara na vida
Agora me diz: e teu final feliz,  merece tanto amor?




Um comentário:

  1. Incrível, incrível! Ainda tô procurando reposta pr'algumas dessas perguntas, não são das mais fáceis de responder, né...

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