segunda-feira, 9 de setembro de 2013



E se eu disser que por você deixo o cabelo crescer até o ombro, que paro de me preocupar com a balança, que uso mais salto alto e menos maquiagem, que esqueço (alguns) palavrões e paro de falar tanto? E se eu prometer ser mais paciente, entender todas as suas piadas, parar de me preocupar tanto com a gente e ser mais segura comigo mesma? E se eu começar a usar vestido até o joelho, decote levantado e meias-calças mais grossas?
Aí, então, você mais que depressa me interna e me droga. Me embebeda e me tatua. Avisa à minha família que eu pirei, que abandonei a meia arrastão, o vestido curto e o decote em “v”. Eles vão gritar contigo, perguntar o motivo e ei de responder: “é que tem louco para tudo,  que larga a vida por outra, que se arrepende, desmonta e que percebe, ao final de tudo, que amor vai além da aceitação: é pirar em conjunto, surtar sem julgamento e perceber que ser careca, mal vestido ou acima do peso também é passível à paixão”.